O PPGAS da UFRN estará com uma participação expressiva na próxima ABA, que ocorrerá em Belém, em agosto de 2010. Teremos GTs coordenados por Eliane Tania, Francisca Miller, Luciana Chianca e Carlos Guilherme do Valle, e uma mesa-redonda com a participação de Edmundo Pereira. Depois do esforço para a realização da REA e uma participação também expressiva na RAM em 2009, estaremos também presentes em um dos espaços acadêmicos mais importantes na nossa área.
GT's e Mesas aprovados para 27ª
27a Reunião Brasileira de Antropologia (RBA)
Brasil Plural: Conhecimentos, Saberes Tradicionais e Direitos à Diversidade
1 a 4 de agosto de 2010, Belém – PA
Grupos de Trabalho e Mesas Redondas aprovados
GT's e Mesas aprovados para 27ª
27a Reunião Brasileira de Antropologia (RBA)
Brasil Plural: Conhecimentos, Saberes Tradicionais e Direitos à Diversidade
1 a 4 de agosto de 2010, Belém – PA
Grupos de Trabalho e Mesas Redondas aprovados
1) Populações Tradicionais, Práticas Sociais e Meio Ambiente
Coordenadores: Francisca de Souza Miller e Márcia Regina Calderipe Farias Rufino
Debatedor: Simone Carneiro Maldonado.
Resumo: Este GT tem por objetivo reunir os pesquisadores que, desenvolvem estudos e pesquisas em e/ou com sociedades e comunidades de pescadores (marinhos, fluviais ou lacustres) e/ou sobre temas que envolvem essa atividade econômica e as relações que ela estabelece com outras esferas da vida social e cultural: sustentabilidade, meio ambiente, políticas de preservação sócio-ambiental e de desenvolvimento, conhecimentos tradicionais, conflitos e formas de mobilização, cultura material, religião, memória, relações de gênero, etc. desejamos, também, estabelecer vínculos entre pesquisadores que se têm dedicado a estudar os mais variados aspectos de um panorama que, vem recebendo uma atenção intermitente por parte das ciências sociais, ao passo que alguns setores das ciências naturais (biologia, oceanografia, ecologia) se voltam para as sociedades da pesca com fortes motivações de conhecimento. Assim, gostaríamos de medir o estado da arte dos estudos antropológicos nesse setor e traçar novas perspectivas de estudo interinstitucionais e interdisciplinares.
2) Corpos, Sexualidades, Identidades Dissidentes: Que Direitos, Quais Desejos
Coordenadores: Carlos Guilherme Octaviano do Valle e Larissa Pelúcio
Resumo: Nas ciências sociais no Brasil, os estudos que tratam das sexualidades dissidentes descolados de leituras patologizantes são recentes. Ainda há muito a debater sobre a ética particular que rege as ações de pessoas cujas vidas são marcadas pela experiência social da abjeção. O sensível aumento da visibilidade das sexualidades dissidentes tais como travestis, crossdressers, transexuais e intersex, evidenciou lutas e disputas sócio-político-culturais bastante variadas. Muitos dos espaços conquistados permanecem ligados à dimensão patológica com poucos avanços relativos à legitimação do desejo enquanto dimensão política, como a legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Daí a importância de buscarmos um aprofundamento nos debates sobre a nova ordem corporal e sexual e suas implicações éticas, estéticas e políticas. Assim, propomos um espaço de discussão de pesquisas sócioantropológicas que tratem das formas e modalidades de construção dos corpos por meio de determinados eixos de interpretação: gênero, sexualidade e identidade. A partir de um amplo conjunto de experiências, espera-se promover a discussão e articular as pesquisas que enfoquem a construção cultural e social dos corpos, das sexualidades e das identidades que poderiam ser consideradas dissidentes. Esperamos incentivar o debate sobre a dimensão extremamente relacional e, portanto, política sobre saberes, representações, políticas e identidades corporais e sexuais existentes no Brasil contemporâneo.
3) Festas e Identidades: Processos e Transformações
Coordenadores: Lady Selma Ferreira Albernaz e Luciana Chianca
Debatedor: Luiz Henrique de Toledo
Resumo: Os estudos que relacionam conteúdos simbólicos de festas como mediadores de afirmação de identidade estão se tornando mais frequentes na antropologia e tendem a enfatizar os processos de permanência e transformação dos arranjos das relações sociais, manifestos através das festas. Dessa forma tais estudos permitem dar relevo a conformação de grupos, revelando tensões e disputas, bem como consensos e coalizões em torno de significados e práticas sociais que sustentam a circunscrição desses grupos em seus limites e fronteiras. Partindo disso, novos enfoques tornam-se relevantes para pensar disputas pelo poder e novas posições sociais, ao mesmo tempo em que dão visibilidade à heterogeneidade cultural e social. Estas dimensões interpretativas são freqüentemente subsumidas quando as festas são pensadas a partir de suas configurações internas, no marco da tradição e permanência ao longo do tempo, desconsiderando sua historicidade. Dialogando com e evidenciando os limites e possibilidades desse tipo de estudos, este grupo de trabalho pretende pôr em evidência os processos que sustentam as transformações e tensões mediadas pelas festas, em suas interfaces afirmações de pertencimento e identidade dos grupos sociais, sustentadas, ambiguamente, pela idéia de tradição e permanência.
4) Uma Antropologia do Ciberespaço e no Ciberespaço
Coordenadores: Eliane Tania Freitas e Laura Graziela Figueiredo Fernandes Gomes
Resumo: O grupo de trabalho se propõe a refletir e discutir em dois planos distintos: os aspectos e experiências do ciberespaço e no ciberespaço. No primeiro plano (do ciberespaço) os aspectos operacionais, tecnológicos e cognitivos presentes no consumo das diferentes plataformas online. Por que todo mundo tem orkut? Ou um blog? O que leva as pessoas a investirem mais em algumas plataformas do que em outras? Necessidade, acessibilidade, usabilidade ou moda? No segundo plano (no ciberespaço), discutir fenômenos como as interações sociais que cada uma dessas plataformas promovem suas possibilidades, limites, efeitos sociais. O que seria valorizado, enfatizado em cada uma?
Assim, nosso GT se inscreve no campo de discussões especificamente voltado para uma antropologia do ciberespaço, da cibercultura e do consumo de tecnologias digitais no mundo contemporâneo. Daremos especial ênfase a reflexões originadas de estudos etnográficos, inclusive com a necessária problematizarão da prática de trabalho de campo online e da experiência etnográfica nela implicada. Tratar-se-ia de uma experiência singular, frente a outras etnografia, realizadas offline? Em que medida e em quais aspectos? assim, esperamos que o espaço do GT seja também um espaço para discussões metodológicas no campo da nossa disciplina.
Parabéns a todos pela aprovação das mesas. Depois do esforço para a realização da REA e uma participação também expressiva na RAM em 2009, estarão também presentes em um dos espaços acadêmicos mais importantes na nossa área.
Postado por Cláudio Rogério
Bolsista do Núcleo NAVIS (DAN), UFRN.